A ACESA Capuava, entidade filantrópica de Valinhos que atende pessoas com transtorno do espectro autista e múltiplas deficiências e a Casa da Criança Paralítica de Campinas iniciam a distribuição gratuita de uma cartilha para esclarecer sobre direitos e deveres das pessoas com deficiência e suas famílias. Em formato de perguntas e respostas e em linguagem acessível e ilustrativa, a publicação aborda o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei no 13.146, de 06/07/2015), visando modificar, por meio da informação, a maneira assistencialista utilizada no tratamento das pessoas com deficiência.
O autor da cartilha, Odonel Urbano Gonçales, juiz do Trabalho aposentado e ex-diretor da Casa da Criança Paralítica de Campinas, explica que discutir o tema da inclusão é importante para as famílias das pessoas com deficiência. “É essencial tanto para ampliar o conhecimento dos direitos e deveres, como para modificar a crença de que seus filhos são ‘necessitados’ e merecem caridade permanente do Estado e das instituições”, comenta.
Elaborada com a ajuda de voluntários e patrocinada pela entidade filantrópica Fundação Liliane, com sede na Holanda, a publicação tem uma tiragem de 1800 exemplares distribuídos entre a ACESA Capuava, de Valinhos, a Casa da Criança Paralítica de Campinas, e cerca de 40 entidades localizadas no Nordeste brasileiro e que compõe a rede de ajuda da Fundação Liliane.
Para a Presidente da ACESA Capuava, Fernanda Teixeira, o conteúdo do material traduz em linguagem acessível os termos do Estatuto da Pessoa com Deficiência. “É de extrema importância que os amigos e as famílias da pessoa com deficiência tenham conhecimento dos detalhes do material e coloquem em prática todos os ensinamentos e orientações”, pontua.
De acordo com Odonel, o assistencialismo mantém a pessoa dependente, de mãos estendidas esperando ajuda. “Quando uma entidade filantrópica, repartição pública ou empresa trata bem a pessoa com deficiência está cumprindo a lei, respeitando sua dignidade e seus direitos. Estamos longe de afastar o assistencialismo enraizado no seio das famílias, dos profissionais que cuidam das pessoas com deficiência e de todos nós em geral. Mas, a cartilha é um passo nessa direção”, ressalta.
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Fonte: Assessoria
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